passaros

 
 
 
DESCRIÇÃO
 
O Pato-real mede cerca de 55 cm de comprimento, o que o torna numa ave facilmente identificável em voo, com o seu corpo robusto e asas ligeiramente arredondadas. O voo do pato-real é relativamente rápido, sendo muito característico desta espécie o assobio das asas durante o voo. A parte superior do corpo é bastante colorida, sobressaindo os tons azul esverdeados da cabeça no macho. A parte inferior é de um modo geral clara, excepto o peito que é castanho avermelhado. A cauda é curta e termina com 2 ou 3 penas enroladas para cima. O bico é amarelo, de comprimento médio e achatado.
 
 
HABITAT
 
É uma espécie migradora nidificante em Portugal, embora em alguns locais se tenha adaptado às condições climatéricas tornando-se sedentária, como é o caso do Parque. É uma das espécies de patos mais comum, cuja distribuição geográfica é muito variada. Os locais onde é mais frequentemente observada são as zonas húmidas, como as lagoas, rios e albufeiras. Alimenta-se da vegetação rasteira e aquática, bem como de Insectos e pequenos peixes que consiga capturar.
 
 
REPRODUÇÃO
 
Reproduz-se nas margens de lagoas, albufeiras e rios, durante a Primavera, realizando uma só postura. O ninho é uma pequena cavidade no solo, entre a vegetação rasteira, revestida de pastos e penas. A ninhada é composta por 10 a 12 ovos, cuja incubação dura perto de 30 dias. Sendo uma espécie nidífuga, as crias adquirem a capacidade de sair do ninho, pouco tempo após o nascimento. No entanto, até aos primeiros voos são só 7 a 8 semanas.
 
 
 
 
 
 
 
 
   

DISTRIBUIÇÃO, MOVIMENTOS E FENOLOGIA 

O guincho nidifica no continente europeu, no sul da Gronelândia, na Ásia Central até ao extremo sudeste da Rússia e, de forma residual, na América do Norte. Inverna maioritariamente em regiões europeias a sul das áreas de nidificação, nas costas africanas do hemisfério norte e nas costas temperadas e tropicais (a norte do equador) do continente asiático. Em Portugal Continental, o grosso da população ocorre durante o outono e o inverno. Em março e abril a maioria das aves parte para norte. A espécie pode no entanto ser observada durante todo o ano devido à presença de indivíduos não reprodutores. O guincho frequenta principalmente estuários, rias, lagoas costeiras e algumas zonas húmidas do interior. Ocorre também ao longo de toda a orla costeira, parecendo ser mais comum junto à foz dos rios Douro e Tejo, na Ria Formosa e junto à Barrinha de Esmoriz. No mar, durante o inverno, parece concentrar-se na baía de Cascais e nas águas costeiras entre a Figueira da Foz e Caminha. Nos arquipélagos dos Açores (em todas as ilhas) e da Madeira o guincho é um invernante regular.

 

ECOLOGIA E HABITAT

O guincho frequenta a faixa litoral, dando preferência a áreas estuarinas e lagunares, salinas, aquaculturas e praias junto à foz dos rios. No interior surge em barragens, açudes, pastagens, terrenos agrícolas, aterros sanitários e ETAR. Nos Açores e na Madeira as maiores concentrações são registadas em zonas portuárias. É uma espécie de hábitos oportunísticos que se alimenta essencialmente de invertebrados aquáticos (sobretudo moluscos) e terrestres (particularmente minhocas e insetos) e por vezes de peixes 

 
     ABUNDÂNCIA E EVOLUÇÃO POPULACIONAL

 

Em Portugal Continental é uma das gaivotas mais comuns durante o outono e o inverno. A sua principal área de concentração localiza-se no estuário do Tejo onde, em janeiro de 1981, foram contados mais de 58 000 indivíduos. No inverno de 1983-84, no único censo ibérico de gaivotas realizado, foram registados mais de 43 000 indivíduos no litoral português, tendo o estuário do Tejo albergado 33% dos indivíduos do litoral Ibérico. Na costa não estuarina continental, através de censos realizados em 2009 a 2011, foram detetados 1516 indivíduos invernantes. A nidificação da espécie em Portugal é muito rara e recente, com registos esporádicos nos estuários do Sado e do Mondego e em algumas albufeiras interiores. No arquipélago dos Açores já foram registadas concentrações superiores a 300 aves em Ponta Delgada e na Praia da Vitória. Na Madeira a espécie inverna regularmente, ocorrendo principalmente no porto do Funchal e na costa adjacente.

 

 AMEAÇAS E CONSERVAÇÃO

 

A tendência global das populações desta espécie ainda muito numerosa é de decréscimo, sendo esta tendência acompanhada pelas populações europeias. A maioria das ameaças mais relevantes para a espécie estão relacionadas com a perturbação, a destruição e a contaminação das áreas de nidificação.

 
 
 
 
 
 
 O Pintarroxo-comum (Carduelis cannabina) é um pequeno pássaro da famíliaFringillidae. Sua coloração é predominantemente marrom, com o peito avermelhado. As fêmeas e os mais jovens não têm a cor avermelhada e são um pouco esbranquiçados.
 
Descrição
              O Pintarroxo-comum tem um comprimento de 13 a 14 centímetros e um peso de 15 a 20 gramas, e uma envergadura entre asas de 21 a 25 centímetros O macho, em plumagem de verão, tem a cabeça cinzenta, a testa e o peito vermelhos-carmim, o dorso castanho, a garganta e o abdómen esbranquiçados. As asas são castanhas e pretas, as rémiges primárias são pretas com as pontas brancas assim como as retrizes da cauda. O uropígio é bege claro. Em plumagem de outono é mais acastanhado e não tem vermelho na testa e no peito. O bico é cinzento e as patas são acastanhadas. A fêmea, em plumagem de verão, tem as cores mais ternas do que o macho e não tem a testa e o peito vermelhos. No outono a plumagem é mais listada. Os juvenis são parecidos com as fêmeas mas mais castanhos nas partes superiores e com listas escuras. As partes inferiores são bege claro com listas castanho-escuras.O bico e as patas são cinzentos.
 
Distribuição
              A espécie é comum na Europa, no oeste da Ásia e no norte de África. Em Portugalestá distribuída por todo o território, apenas não se encontrando em algumas zonas do litoral centro e do Baixo Alentejo.
 
Taxonomia
              O Pintarroxo-comum é uma das várias espécies originalmente descritas por Linnaeus, em 1758, na 10ª edição da sua obra Systema Naturae, com o nome de Fringilla cannabina. O nome cannabina deriva do fato da ave gostar de sementes de cânhamo. Foi inicialmente incluído no Gênero Acanthis. Hibridiza com o verdilhão (Carduelis chloris), com o lugre(Carduelis spinus), com o pintarroxo-de-queixo-preto (c. flammea) e com o pintarroxo-de-bico-amarelo (Carduelis flavirostris). A subespécie Carduelis cannabina guentheri era anteriormente designada por Carduelis cannabina nana, as subespécies propostas Carduelis cannabina taurica (Crimeia), Carduelis cannabina persica (Irão) e Carduelis cannabina fringillirostris (Caxemira) são consideradas como variantes da subespécie Carduelis cannabina bella. São reconhecidas sete subespécies.
 
Subespécies e sua distribuição:
Habitat
              É uma espécie que geralmente se encontra abaixo dos 2000 metros de altitude, mas que pode reproduzir-se a maiores altitudes, entre os 2300 e os 3600 metros. Frequentahabitats muito diversificados, tais como matagaisestepespradospomaresjardins,parques, terrenos cultivados, florestasclareiras das florestas, zonas de arbustospastagens, prados de montanha, pradariasvalesencostas rochosas, dunas costeiras, margens de cursos de água.
 
Alimentação
              A sua alimentação é basicamente composta de sementes, mas também consome alguns insetos. Gosta de sementes pequenas ou médias de diversas plantas herbáceas como asPolygonaceae (PolygonumRumex), as brassicáceas (mostarda-selvagem (sinapis arvensis),bolsa-de-pastor (Capsella bursa-pastoris)), as asteráceas (dente-de-leãocardoSonchus,Anthemistasneirinha), de arbustos como o pilreteiro e de árvores como as bétulas. Alimenta-se no solo ou a pouca altura nos arbustos.
 
Nidificação
              Lugares abertos com grandes arbustos favorecem o acasalamento, pois seus ninhos são feitos geralmente em arbustos não muito longe do alcance da luz do sol.
 
              A época de reprodução dura de meados de Abril ao princípio de Agosto e é constituída por 2 a 3 posturas, cada uma com 4 a 6 ovos azuis esbranquiçados com pintas escuras ou castanhas. O ninho é construído pela fêmea, numa sebe, num arbusto ou numa árvore pequena, em forma de taça e feito com pauzinhos, caules, raízes, líquenes, musgos e forrado com lã, pelos e penugem vegetal. A fêmea incuba os ovos sozinha durante 11 a 13 dias, depois de nascerem as crias são alimentadas pelos dois progenitores. Os juvenis deixam o ninho ao fim de 10 a 14 dias, continuando a depender dos pais durante mais duas semanas.
 
Comportamento
              Quando não está na época do acasalamento, pode formar grandes bandos, às vezes misturados com outros pássaros da mesma família.
 
              O pintarroxo faz o seu ninho em colônias, com vários casais a utilizarem determinada zona disponível de arbustos. É um pássaro parcialmente migratório, pois os pássaros mais a sul são residentes e os do norte migram para sul, em bandos de 200 a 300 aves.
 
 
 
 
 
 
 

O Pisco-de-peito-ruivo é um pequeno e atraente passeriforme, bem conhecido pela sua mancha alaranjada que lhe ornamenta o peito. É uma das aves portuguesas que mais alegra os dias de Inverno, com o seu canto melodioso e persistente.

 

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS

O Pisco-de-peito-ruivo Erithacus rubecula é um pequeno Passeriforme da família Turdidae. Tem cerca de 14 cm de comprimento (mais ou menos como um Pardal), e pesa entre 15 e 20 gramas. É uma das aves portuguesas mais fáceis de identificar. Geralmente observa-se saltitando pelo chão (por vezes imobilizando-se com uma pequena "vénia"), ou poisado nos ramos baixos de uma árvore, adoptando sempre uma posição muito vertical com o corpo. Tem no peito uma grande mancha côr-de-laranja bem demarcada, que se estende até à face. As restantes partes inferiores são de um branco sujo, e por cima é de um castanho uniforme. As aves jovens são malhadas de castanho por baixo, e não apresentam tons alaranjados. É impossível distinguir os machos das fêmeas com base na morfologia externa, embora os primeiros sejam, em média, ligeiramente mais corpulentos. As suas vocalizações são consideravelmente variadas. O canto é muito melodioso, variado, e por vezes um pouco melancólico. É muito vocal, e pode fazer-se ouvir durante quase todo o ano. Para além do canto propriamente dito, emite chamamentos que podem soar como tic-tic-tic-tic, ou szziiiii.

DISTRIBUIÇÃO E ABUNDÂNCIA

É uma ave tipicamente europeia, embora também ocorra no Médio Oriente e Norte de África. Em Portugal a sua distribuição é variável, conforme a altura do ano. No Outono/Inverno encontra-se por todo o lado, das montanhas às cidades, do norte ao sul, e do interior ao litoral. Na Primavera/Verão tem uma distribuição alargada a norte do Tejo, mas a sul é escasso, concentrando-se nas regiões mais húmidas e próximas do litoral. Encontra-se, por exemplo, nas Serras da Arrábida, Grândola e Monchique. Na Madeira e na maioria das ilhas do Açores está presente todo o ano. É uma ave muito abundante (uma das mais abundantes no país), sobretudo durante a época fria.

 

 

ESTATUTO DE CONSERVAÇÃO

Comum como é, por toda a Europa, esta ave não suscita quaisquer preocupações no que diz respeito à sua conservação, tanto a nível nacional como internacional. Isto apesar de ser fácil de apanhar em armadilhas ("ratoeiras"), e portanto tradicionalmente bastante perseguido no campo. Esta perseguição ainda hoje se verifica, apesar do Pisco-de-peito-ruivo ser, como quase todos os pequenos Passeriformes, protegido por lei.


HABITAT

Tanto de Verão como de Inverno o Pisco-de-peito-ruivo surge numa enorme variedade de habitats, desde que tenham algum grau de cobertura arbórea ou apenas arbustiva. Encontra-se desde as matas agrestes no alto das serras do norte até ao centro das grandes cidades. No norte e centro tanto pode ser abundante em matas de folhosas como em coníferas. No entanto, nas áreas de invernada do sul é bastante mais numeroso em áreas de montado do que em pinhais. Nesta época também é extraordinariamente abundante em áreas de matagal mediterrânico, como os da Serra da Arrábida, e em olivais. Em regiões muito abertas, à partida inóspitas para a espécie, coloniza facilmente pequenas sebes ou qualquer vegetação que proporcione um abrigo mínimo. Durante a reprodução prefere zonas sombrias e com alguma humidade, como bosques fechados, jardins frondosos e matas ribeirinhas.


ALIMENTAÇÃO

Na Primavera/Verão o Pisco é quase exclusivamente insectívoro. Na verdade esta designação genérica significa que se alimenta não só de insectos, mas também de pequenas aranhas e outros invertebrados. Durante o Outono e Inverno, particularmente no sul da Europa, incluindo Portugal, torna-se parcialmente ou totalmente frugívoro. Nesta altura as suas fezes são negras ou côr de vinho, das cascas e polpas dos pequenos frutos ou bagas que ingeriu. Alimenta-se então das bagas de muitas espécies dos matagais mediterrânicos, como zambujeiros (ou oliveiras), aroeiras, medronheiros, madressilvas e folhados, entre outros. Nas áreas de montados ingere frequentemente partes de bolotas que foram parcialmente despedaçadas por outros animais. No norte da Europa também aceita alimentos sintéticos que lhe são oferecidos pelos amigos dos pássaros. Em períodos particularmente difíceis podem mesmo aventurar-se a apanhar minúsculos peixes em pequenos cursos de água.

REPRODUÇÃO

A nidificação desta espécie quase não foi estudada em detalhe em Portugal, havendo ainda muito por descobrir. Sabemos que a maioria cria de Abril a Julho, mas ocasionalmente podem ser observados ninhos activos no Outono ou mesmo em pleno Inverno. Por exemplo, o ornitólogo inglês William Tait observou uma ave jovem recentemente saída do ninho em 4 de Janeiro de 1884, nas imediações do Porto. Esta espécie é monogâmica e territorial. Os ninhos podem localizar-se em buracos no solo, taludes, muros, por entre raízes de árvores velhas e no interior de casas abandonadas. O ninho é volumoso, com uma base feita de folhas secas, e uma "tijela" central de musgo, ervas e pequenas folhas, revestida de material mais fino, incluindo cabelos, fibras vegetais e ocasionalmente penas. A postura geralmente é constituída por 4 a 6 ovos brancos ou ligeiramente azulados, com um número variável de pequenas manchas avermelhadas. A incubação dura 13 a 14 dias, e as crias permanecem no ninho em média cerca de 13 dias antes de o abandonarem.

 

 


MOVIMENTOS

Os Piscos-de-peito-ruivo que nidificam em Portugal são provavelmente quase todos sedentários. Por outro lado, os que aqui vêm apenas para passar o Inverno, são migradores bastante notáveis. Muitos são originários da Escandinávia, ou mesmo da Rússia. Muitos outros provêm da Europa Central e Ocidental. As primeiras aves migradoras geralmente surgem na última semana de Setembro e a espécie torna-se abundante logo desde o princípio de Outubro. Em Março dão-se a maior parte das partidas de volta às áreas de reprodução, embora algumas aves possam ainda permanecer nos territórios de invernada até ao princípio de Abril. Muitos dos Piscos invernantes voltam aos mesmos locais de invernada em Portugal de uns anos para os outros, conforme foi possível confirmar graças a estudos de anilhagem.


LOCAIS DE OBSERVAÇÃO

Pelo menos durante o Inverno, o Pisco-de-peito-ruivo pode observar-se em qualquer local, incluindo parques e jardins nas vilas e cidades.

CURIOSIDADES

Este é um dos poucos Passeriformes europeus em que as fêmeas cantam regularmente, durante o Inverno, com vocalizações muito semelhantes às dos machos. Os níveis de hormonas masculinas nas fêmeas são então muito elevados. Provavelmente graças a isto, tantos os machos como as fêmeas podem defender territórios nas áreas de invernada.

 
 
 
 
 
 

Saiba Tudo Sobre o Pardal

 

O Pardal possui o nome científico de Passer domesticus.  É uma ave oriunda da Europa e da Ásia. É atualmente a espécie de ave com maior distribuição geográfica no mundo. Pássaros desta espécie são encontrados em habitats abertos, sendo geralmente em qualquer parte da zona urbana, tanto em grandes metrópoles como em lugarejos. Nas cidades, essas aves se reúnem ao entardecer em bandos muito barulhentos, que não se aquietam até que a noite chegue.

Pardal Macho

Quando adultos possuem cerca de 15cm de comprimento. Os machos apresentam duas plumagens: na primavera apresentam cor cinza na parte superior da cabeça e na fronte; cor preta na garganta; cor marrom com riscos pretos nas asas e região das costas; cor cinza claro ou branca no rosto, peito e abdômen. As penas coberteiras e as penas maiores das asas da ave apresentam cor preta no centro e as pontas são em tons queimados. O bico é preto e os pés são rosados. Durante o outono a plumagem é discreta, os machos adultos apresentam cor preta na região que se estende entre o olho e a base do bico; a garganta possui uma coloração desbotada e abaixo do bico é preto com amarelo.

Já as fêmeas apresentam cor acinzentada no topo da cabeça; marrom na região entre o olho e a base do bico, fronte e bochechas; e uma lista clara acima dos olhos. As penas maiores das asas e a região dorsal são similares às dos machos. Os filhotes apresentam características semelhantes às das fêmeas. Ofeminino de pardal é pardaloca, pardaleja ou pardoca.

Alimentação do Pardal

Alimentam-se principalmente de sementes, como sementes de capins, painço e alpiste, embora também consumam pequenos insetos, especialmente no período de reprodução. Alimenta-se de restos de comida como arroz, migalhas de pão, biscoito, fubá e quirela. Também come flores, brotos de árvores, e frutas, como mamão, banana, maçã e acerola.

 

Pardal Fêmea

Reprodução do Pardal

Pardais formam pares monogâmicos para cada estação de procriação. Esta espécie constrói seu ninho no período de fevereiro a maio. Normalmente depende do pássaro, da disponibilidade de materiais e do local do ninho para que este seja resistente e organizado. Normalmente ele é feito em um arbusto ou árvore, em buracos de barrancos, em um edifício, no telhado de uma casa, no poste de iluminação, ou até mesmo no ninho de outras espécies. Os materiais utilizados na construção dos ninhos são vegetação seca, penas, cordas e papel. Com o território estabelecido, o macho chama uma fêmea que esteja próxima. Enquanto mostra-lhe a casa, ele eriça a penugem negra do pescoço. Se ficar satisfeita, a fêmea entra no ninho e a família está constituída. Bota até oito ovos de cor cinza e são incubados por ambos os pais, normalmente por 12 a 14 dias, mas pode chegar até a 24 dias, dependendo da temperatura do ambiente. Os filhotes são alimentados e começam a sair do ninho com cerca de 15 dias de idade, quando passam a receber uma dieta vegetariana, retornando frequentemente ao ninho para dormir por mais alguns dias.

Predadores do Pardal

Muitos falcões, gaviões, tucanos e corujas caçam e se alimentam de Pardais. Outros predadores conhecidos que se alimentam dos filhotes e ovos incluem gatos, cachorros e serpentes. 

 
 
 
 
 

DISTRIBUIÇÃO, MOVIMENTOS E FENOLOGIA

A gaivota-de-patas-amarelas nidifica principalmente nas costas da Península Ibérica e de França, nas ilhas da Macaronésia até às Canárias, no Mediterrâneo e no Mar Negro. No inverno distribui-se pela costa europeia atlântica, desde a Dinamarca até ao Sara Ocidental, e pela costa mediterrânica[3]. Em Portugal, nidifica no Continente e em praticamente todas as ilhas e ilhéus dos Açores e da Madeira[11][4][12]. Está presente ao longo de grande parte da orla costeira continental, em especial desde o cabo Carvoeiro até ao Sotavento algarvio, geralmente no litoral rochoso e em meios urbanos[1], ocorrendo pontualmente no interior norte[5]. A maior parte da população é bastante sedentária e mesmo as aves jovens dispersam distâncias relativamente curtas. Alguns indivíduos podem efetuar movimentos dispersivos mais amplos e aves anilhadas na ilha da Berlenga foram observadas, nos seus dois primeiros anos de vida, no Reino Unido, no norte de França, no sul de Espanha e em Marrocos[9]. No mar, esta gaivota tem uma distribuição marcadamente costeira, não se afastando para águas além daplataforma continental. Do mesmo modo, nos Açores e na Madeira, utiliza as águas próximo da costa, podendo encontrar-se mais afastada desta no período pós-nupcial

 

ECOLOGIA E HABITAT

Apesar de a gaivota-de-patas-amarelas ser preferencialmente marinha, frequenta também outros biótopos, geralmente no litoral, como praias, portos de pesca, campos agrícolas, zonas urbanas, salinas e aterros sanitários[1]. Em Portugal, o crescimento da população desta espécie deverá ter estado relacionado com a elevada disponibilidade de alimento, obtido facilmente em lixeiras e junto das embarcações e dos portos de pesca[3]. Na sua dieta oportunística incluem-se peixes de várias espécies, caranguejos pelágicos, insetos e desperdícios gerados pelas atividades humanas, entre outros[5][10][11][3]. Nas ilhas Selvagens é principalmente predadora de outras aves marinhas[6][2]. Nidifica preferencialmente em ilhas, ilhéus e falésias costeiras e, em menor número, em salinas e em telhados de casas.

 

ABUNDÂNCIA E EVOLUÇÃO POPULACIONAL

Nas últimas décadas, no Continente, a população desta gaivota aumentou de cerca de 5500 casais reprodutores em 1983 (dos quais 5000 casais na Berlenga) para 45 000 indivíduos em 1994, apenas nesta ilha[13][1]. Desde 1994 que diversas ações de controlo populacional na Berlenga, dirigidas aos adultos e às posturas, têm contribuído para a redução da população, estimada em cerca de 13 150 indivíduos em 2013[8]. A colonização recente das áreas urbanas[7], provocou um alargamento da área de distribuição. Nos Açores, a população desta espécie aumentou cerca de 60% entre 1984 e 2004, tendo sido estimada em 4249 casais neste último ano[11], enquanto que no arquipélago da Madeira, o efetivo populacional foi estimado em cerca de 4000 casais em 2002[5].

 

AMEAÇAS E CONSERVAÇÃO

A nível global a sua população encontra-se em crescimento[14]. Não existem ameaças relevantes em Portugal, embora alguns indivíduos possam ser capturados acidentalmente em artes de pesca (redes e palangres).

 
 
 
 
 
 

CURIOSIDADES

 

O guarda-rios é uma ave com diversos nomes comuns entre os quais: chasco-de-rego, espreita-marés, freirinha, juiz-do-rio, martinho-pescador, passa-rios, pica-peixe, piçorelho, pisco-ribeiro, rei-do-mar, etc.

 

DISTRIBUIÇÃO

 

Esta ave pode ser encontrada na Europa, Nova Guiné, África, Ásia e América do Norte.

Em Portugal ocorre todo o ano, podendo ver avistado com mais frequência em zonas litorais e pouco montanhosas.

 

 

ESTATUTO DE CONSERVAÇÃO

 

Nacional: LC (Pouco preocupante).

Espanha: NT (Quase ameaçado).

Global (IUCN): LC (Pouco preocupante).

SPEC (BirdLife International 2004): 3 (Espécie com estatuto de conservação desfavorável, não concentrada na Europa).

Directiva Aves: Anexo I.

Convenção de Berna: Anexo II.

 

DESCRIÇÃO

 

O guarda-rios é uma ave pequena, tem as patas curtas vermelhas-claras, cabeça grande e um bico longo e preto.

A coroa e asas apresentam uma coloração azul-esverdeada, dorso e cauda num tom de azul vivo, as partes inferiores e as faces exibem uma cor alaranjada acastanhada e a garganta é branca.

Os juvenis apresentam semelhanças com os adultos mas as cores são mais baças, esverdeadas e as patas são acinzentadas.

 

DIMENSÕES

 

É uma ave de pequenas dimensões com cerca de 17 a 19 cm de comprimento, incluindo o bico.

 

COMPORTAMENTO

 

O guarda-rios habita uma grande variedade de massas de água doce, salobra e até salgada, como rios, ribeiros, lagos, charcos, lagoas costeiras, albufeiras, estuários, pauis, valas de irrigação, salinas, arrozais, pisciculturas e barragens.

 

CICLO DE VIDA

 

A época de reprodução do guarda-rios ocorre entre Abril e Julho, junto a cursos de água calmas, de dimensão média e pequena, com abundância em alimento e com terreno adequado à construção do ninho.

Para evitar predadores, o nicho onde são depositados cerca de 3 a 8 ovos brancos e criados os juvenis, consiste num túnel com alguns metros de profundidade escavado em taludes e barrancos arenosos próximos das margens. No final do túnel existe câmara com um amontoado de espinhas de peixe.

 

 

ALIMENTAÇÃO

 

O guarda-rios inclui na sua dieta peixes de água doce e marinhos, insectos aquáticos, crustáceos e por vezes, insectos terrestres e anfíbios.

 
 
 
 
 
 
 
 
 

fuinha-dos-juncos (Cisticola juncidis) é um pássaro da família Cisticolidae. É uma avepequena, castanha e com o dorso riscado, que se esconde frequentemente por entre a vegetação, podendo por isso ser difícil de observar. Contudo, o seu canto, emitido em voo, torna esta pequena ave muito conspícua. O canto faz lembrar o som de um insecto e consiste numa única nota emitida a intervalos de cerca de 1 segundo: "zit... zit... zit...".

O seu ninho é construído no solo, por entre as ervas.

Esta espécie distribui-se pelo sul da Europa e por uma grande parte de África. Em Portugal é comum em espaços abertos, sendo especialmente numerosa nas terras baixas do litoral. Afuinha-dos-juncos é uma ave muito sensível às baixas temperaturas, o que explica em parte a sua escassez nas zonas serranas do interior norte e centro.

 
 
 
 
 
 
 
 
 

 

Características

 

Alvéola com aproximadamente 18 cm de comprimento. Balança permanentemente a cauda e a cabeça ao caminhar. No Verão, a garganta e o peito são pretos. No Inverno só o peito é preto. A fronte é branca, o centro da coroa é preto (cinzento nas fêmeas durante o Inverno). Os machos têm a nuca preta e a das fêmeas é cinzenta. Os juvenis são acinzentados e uniformes.

 

Ecologia

 

Frequenta margens de rios, ribeiros e regos. É frequente junto a povoações ou dentro das mesmas, onde nidifica (casas rurais, azenhas, pontes, ruínas ou muros de pedra). As posturas são normalmente compostas por 5 ou 6 ovos, que são incubados entre 11 a 16 dias. Alimenta-se de invertebrados em sementeiras, pousios, arrozais, sapais, terrenos lavrados.

 

Fenologia

 

Residente & Visitante (ResVis)

 

Estado de Conservação

 

Pouco Preocupante (LC)

 

Distribuição Geral

 

Distribui-se pela Europa, Norte de África e Ásia. Em Portugal, durante a época de reprodução, a alvéola-branca distribui-se por todo o país, mas é muito escassa em grande parte do Baixo Alentejo e do Algarve. No Outono e no Inverno encontra-se em grande número por todo o território continental nacional. No Algarve é pouco comum na região, as melhores probabilidades centram-se no período de Inverno em locais como a ria de Alvor, o Ludo, Vilamoura e junto ao cabo de São Vicente. Também se observa junto às lagoas dos Salgados e das Dunas Douradas.

 
 
 
 
 
 
 
 

Atractivas e agressivas, apesar de serem comuns por todo o Hemisfério Norte só num período relativamente recente as Pegas-rabudas foram objecto de estudos de ecologia.

 

 

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS

A Pega-rabuda Pica pica pertence à família Corvidae que inclui, por exemplo, também a Pega-azul Cyanopica cyana e o Corvo Corvus corax. Distinguem-se 13 subespécies de Pega-rabuda, como, entre outras, a Pica pica hudsonia do Norte da América, a Pica pica pica do Reino Unido e Norte de França e a Pica pica melanotos da Península Ibérica. Têm cerca de 45 cm de comprimento, e os marcados contrastes brancos e negros da sua plumagem quase dispensam uma descrição detalhada. A plumagem negra é muito brilhante podendo, conforme as condições de luz, transmitir tons de azul, violeta, bronze ou verde. As subespécies diferem em vários aspectos como na cauda, no bico, nas proporções de plumagem branca e negra, no brilho das penas, e nas dimensões, sendo maiores as Pegas das regiões mais frias. A Pica pica melanotos tem, normalmente, o uropígio preto e é mais pequena que a Pica pica pica. Não há diferenças de plumagem entre os sexos, mas a fêmea é cerca de 10% mais pequena do que o macho.

DISTRIBUIÇÃO E ABUNDÂNCIA

Distribui-se pelo Hemisfério Norte, entre 70º N na Europa e 15º N na Arábia Saudita, e entre a Europa e a China. No Continente Norte-Americano está confinada à parte Ocidental. Na Península Ibérica, encontramos a Pica pica melanotos que em Portugal é comum no Norte e Centro do país, estando no Alentejo mais confinada ao interior, ao contrário da Pega-azul que ocorre mais próxima do litoral Alentejano. Ocasionalmente as duas pegas ocorrem no mesmo local, mas frequentemente utilizando habitats diferentes.

ESTATUTO E CONSERVAÇÃO

Nos últimos 30 anos tem-se verificado um marcado incremento populacional na Europa, enquanto que na América do Norte manteve-se relativamente estável, sendo considerada uma espécie não ameaçada pelo Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal e não está incluída em nenhuma categoria SPEC (Species of European Conservation Concern), pois não suscita preocupações de conservação a nível europeu.


HABITAT

As Pegas-rabudas são generalistas, e frequentam uma gama variada de habitats, ocorrendo principalmente em zonas agrícolas de características diversas, mas ocorrem mesmo em zonas suburbanas.

 

 

ALIMENTAÇÃO

Durante o ano exploram carcaças de animais mortos e caçam pequenos vertebrados. Alimentam-se essencialmente no chão sendo a sua dieta composta maioritariamente por material vegetal durante o Inverno, e por presas animais (sobretudo invertebrados, mas também ovos e pequenos vertebrados) nos meses mais quentes. O hábito de armazenar comida excedente ter-lhe-á permitido adaptar-se e expandir-se a habitats aparentemente inóspitos. Apesar de se alimentar nos várioshabitats que ocupa, parece preferir as zonas de pastoreio e zonas próximas de superfícies de água onde os invertebrados do solo são mais abundantes.

A sua reputação, como predadora de ovos de aves de caça menor, leva a que seja, por vezes, considerada inimiga do Homem, mas os ovos representam frequentemente só uma pequena fracção da dieta das pegas.


REPRODUÇÃO

Na época de reprodução esta espécie tem comportamento territorial. As pegas do Norte da Europa defendem territórios maiores, enquanto que no Sul da Europa os ninhos podem estar agregados e defendem somente uma pequena área em redor do ninho. Como consequência, normalmente as taxas de nidificação são superiores no Sul da Europa.

Os ninhos que os casais de Pegas-rabudas fazem ou renovam, nas árvores (em segunda opção constroem o ninho também em arbustos e no chão), todos os anos durante cerca de 40 dias, são muito distintos e resistentes. A maioria destas aves iniciam a nidificação em Abril, a fêmea incubando normalmente 5-6 ovos durante 18 a 24 dias. As crias são depois alimentadas pelo macho e pela fêmea, duas a três vezes por hora. As primeiras penas nas crias aparecem ao oitavo dia de vida e com 14 dias já têm cauda.

MOVIMENTOS

São notavelmente sedentárias, não se registando movimentos significativos, com a excepção de uma ou outra ocasião no Norte da Europa devido a mau tempo, mas estabelecem-se rapidamente.

Após a época de reprodução, as crias mantêm-se no território dos pais até ao Inverno, altura em que se juntam em bandos sujeitos a uma hierarquia, onde os machos dominantes terão maiores probabilidades de acasalamento na Primavera seguinte e de adquirir um território, que permanece relativamente perto do território dos seus progenitores.

 

 


CURIOSIDADES

As Pegas-rabudas, familiares do Homem desde tempos longínquos, ganharam má fama pelo seu hábito de consumir ovos e crias de outras aves, em particular de aves cinegéticas, roubar frutos e pequenos objectos e, em casos raros, atacar o gado doméstico. Mais recentemente, com a ocupação de áreas suburbanas, não ganharam muitos fãs, devido à forma como atacam os pequenos passeriformes.

LOCAIS FAVORÁVEIS DE OBSERVAÇÃO

São facilmente observadas em, praticamente, todo o pais, principalmente em zonas agrícolas.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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